sábado, 8 de agosto de 2009

É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos

Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,

Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,

Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,

Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,

Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual।

( पाब्लो नेरुदा)

DUAS ALMAS

Ó tu, que vens de longe, ó tu que vens cansada,

entra, e, sob este teto encontrarás carinho:

eu nunca fui amado e vivo tão sozinho,

vives tão sozinha sempre, e, nunca foste amada...

A neve anda a branquear, lividamente, a estrada,

e a minha alcova tem a tepidez de um ninho.

Entra, ao menos até que as curvas do caminho

se banhem no esplendor nascente da aurora.

E amanhã, quando a luz do sol dourar radiosa,

essa estrada sem fim, deserta, imensa e nua,

podes partir, ó nômade formosa!

Já não serei tão só, nem irás tão sozinha:

há de ficar comigo uma saudade tua...

hás de levar contigo uma saudade minha..

(Duas almas- Alceu Vamosi)

Vivendo... (N.Rogero)

A vida parece difícil?

Há pedras no caminho?

Pare um instante,

Respire fundo,

Reflita...

Olhe bem nos olhos da vida,

Não como adversária,

Não como inimiga,

Mas como fiel companheira.

Pense alto, pense forte.

Arregace as mangas,

Siga em frente

E abra um sorriso largo.

Viver é uma arte...

Um eterno renascer,

Um eterno renovar,

Uma longa aprendizagem,

Uma longa caminhada,

Enfrentando desafios.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Os Três Mal-AmadosO amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.João Cabral de Melo Neto
NADA COMO O TEMPOCom o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o "alguém" da sua vida.Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!
PARA O RESTO DE NOSSAS VIDAS

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Existem coisas pequenas e grandes, coisas que levaremos para o resto de nossas vidas.Talvez sejam poucas, quem sabe sejam muitas, depende de cada um, depende da vida que cada um de nós levou.Levaremos lembranças, coisas que sempre serão inesquecíveis para nós, coisas que nos marcarão, que mexerão com a nossa existência em algum instante.Provavelmente iremos pela vida afora colecionando essas coisas, colocando em ordem de grandeza cada detalhe que nos foi importante, cada momento que interferiu nos nossos dias, que deixou marcas, cada instante que foi cravado no nosso peito como uma tatuagem.Marcas, isso... serão marcas, umas mais profundas, outras superficiais, porém, com algum significado também.Serão detalhes que guardaremos dentro de nós e que se contarmos para terceiros talvez não tenha a menor importância pois só nós saberemos o quanto foi incrível vivê-los.Poderá ser uma música, quem sabe um livro, talvez uma poesia, uma carta, um e-mail, uma viagem, uma frase que alguém tenha nos dito num momento certo.
Poderá ser um raiar de sol, um buquê de flores que se recebeu, um cartão de natal, uma palavra amiga num momento preciso.Talvez venha a ser um sentimento que foi abandonado, uma decepção, a perda de alguém querido, um certo encontro casual, um desencontro proposital.Quem sabe uma amizade incomparável, um sonho que foi alcançado após muita luta, um que deixou de existir por puro fracasso.Pode ser simplesmente um instante, um olhar, um sorriso, um perfume, um beijo.Para o resto de nossas vidas levaremos pessoas guardadas dentro de nós.
Umas porque nos dedicaram um carinho enorme, outras porque foram o objeto do nosso amor, ainda outras por terem nos magoado profundamente, quem sabe haverão algumas que deixarão marcas profundas por terem sido tão rápidas em nossas vidas e terem conseguido ainda assim plantar dentro de nós tanta coisa boa.Lá na frente é que poderemos realmente saber a qualidade de vida que tivemos, a quantidade de marcas que conseguimos carregar conosco e a riqueza que cada uma delas guardou dentro de si.Bem lá na frente é que poderemos avaliar do que exatamente foi feita a nossa vida, se de amor ou de rancor, se de alegrias ou tristezas, se de vitórias ou derrotas, se de ilusões ou realidades.Pensem sempre que hoje é só o começo de tudo, que se houver algo errado ainda está em tempo de ser mudado e que o resto de nossas vidas de certa forma ainda está em nossas mãos.
Compartilho aqui um texto do Dalton Roque, que considero maravilhoso e ideal para reflexão.


E aproveito a oportunidade para desejar profundamente que, todos nós, penetremos energeticamente em 2009 com o coração, o espírito e a mente abertos e abudantes em compaixão, sabedoria, perdão, conscientização e ação!! Que nossos espíritos sedentos de luz possam alcançar mais um degrauzinho nesta escala evolutiva, onde todos jornadeamos era após era. Que vibremos neste final de 2008, e a partir dele em diante, com toda a positividade e amor que existe em nós. Porque essa positividade e amor existem!
Que deixemos para trás tudo o que nosso EGO construiu e destruiu. Que deixemos para trás tudo aquilo que já não nos serve mais. E que só acrescenta mais peso em nós e torna nossa caminhada mais lenta e difícil. Cabe a cada um se preparar para as mudanças que já estão chegando e com consciência elevada e coração aberto, fazer a diferença neste Planeta!!! Com "olhos de ver e ouvidos de ouvir" mudemos a nossa faixa de freqüência e caminhemos rumo a novas dimensões. Pois elas existem e estão aí pra todos aqueles que quiserem vivenciar e realmente desejarem essa nova consciência. Expansão Consciencial!
Ajustemos então nossa freqüência ao infinito e além, para que esta tridimensionalidade que compartilhamos não seja tão pesada!
Na unidade somos todos um !
Paz e luz!
E minhas melhores vibrações para todos!
Blanca Paes

Universalismo, melindres e escolhas Por Dalton Roque - www.consciencial. orgNós escolhemos muito. Ficamos melindrados por pouca coisa. Falamos do ego dos outros sem observarmos o próprio. Heterocrítica afiada, autocrítica cega. Intelectualidade elevada, sentimento opaco. Muitas opiniões, poucos valores. De um lado, grande adequação e senso sociais. No outro extremo, discernimento consciencial quase nulo. Fazemos pouco pela humanidade. Pelo pouco que fazemos a ela nos sentimos grandes, credores de um rosário de favores. Nossas verdades pessoais são "relativas" e "lúcidas". As verdades alheias, "absolutas" e "primitivas" .Julgamo- nos universalistas sem, contudo, enxergar a pedreira de facciosidade que nos oprime as costas. Dizemos que compreendemos os outros, mas voltamos para casa em silêncio, imersos em pensamentos de crítica ferina, muitas vezes gratuita, desnecessariamente severa. Somos "pretos" falando de "brancos", "brancos" falando de "índios". Cínicos a exigirem de outrem pureza de sentimentos. "São caboclos querendo ser ingleses", diria Cazuza. Falamos de fraternidade, porém nos ressentimos por qualquer coisa. Falamos de ego, todavia não arredamos o pé da posição doutrinária, intelectual ou institucional. Falamos de humildade sem vislumbrá-la ou vivenciá-la. Confundimos a verdadeira humildade (simplicidade d'alma) com cordialidade protocolar (politicamente correto). Confundimos sinceridade com orgulho da própria rudeza. Somos farinha do mesmo saco. Humanos, terráqueos, chame do que quiser. Cada qual com sua verdade, com sua "salvação", com sua ortodoxia, inarredável e intransigente, discreta ou escancarada – seja na alimentação, na doutrina, na filosofia, na ecologia, ostentamos o carvalho inflexível, "cheio de razão". Quebra mas não verga. Nossos amparadores (guias, mentores, benfeitores espirituais) assistem a tudo, serenos e compassivos. Somos os karmas negativos deles. Os amparadores de ocasião (espíritos amigos mais densos como nós) se aborrecem e se retiram, para voltarem mais tarde. Os verdadeiros amparadores não julgam, não olham nossa longa lista de defeitos, negligências e teimosias. Se eles pudessem, escolheriam gente melhor para ser amparada – nos descartariam com toda a razão. Mas eles são aprendizes do amor e o amor não descarta, não julga, não humilha e nem se ofende. Olham-se nos olhos os amparadores dos dois companheiros que divergem. Imbuídos de compaixão, ambos os amparadores fitam seus amparados, enquanto estes defendem seus pontos de vista com paixão, ou seja, passando longe do universalismo, ignorando pontos de convergência que saltam aos olhos. Tentam intuir o universalismo, a síntese e a flexibilidade em seus corações – como bola de ping-pong, bate e volta naquelas cabeças duras e corações frios. Quando os pontos de vista são polêmicos, então nem se fala – homossexualismo, adoção, vegetarianismo versus carnivorismo, mediunismo versus animismo, clonagem, embriões, aborto, eutanásia, distanásia, suicídio, viagem astral, etc. Somente o vôo da alma leve e da consciência sem grilhões enxerga a visão de conjunto tão difícil às mentes ortodoxas e condicionadas, embora às vezes cultas, intelectualizadas, bem-articuladas e até parapsíquicas. Universalismo não é salada mística, colcha de retalhos, ecumenismo doido, buscador-borboleta, nem sincretismo contraditório. Universalismo significa, antes de tudo, flexibilidade da mente e do coração. Percepção aguda de nuanças conscienciais sutis. Entendimento de paradoxos. Distinção entre paradoxos da natureza e contradições do comportamento humano. Autoconhecimento das próprias limitações. Respeito às limitações alheias. Compreensão de que existe o Relativo e o Absoluto, de que o relativo não é murismo, leviandade ou indecisão. Ciência de que humildade não é ignorância, doença moral, pobreza financeira ou personalidade fraca, mas estado consciente de modéstia pro-ativa, com auto-estima inteligente, depurada da arrogância e da vaidade patológicas. Universalismo reflete amplitude de raciocínio – maturidade suficiente para perceber que, às vezes, há mais exceção do que regra, além de muitos "senões" e "porquês". Em suma, nós escolhemos muito. Com o dedo em riste, descortinamos as falhas alheias, enquanto nossos amparadores nos toleram, observando-nos a disparar dardos retóricos e bioenergéticos, de quem se sente "cheio de razão". Os que procuram o autoconhecimento sincero e tentam tomar as rédeas de seu ego ganham apoio extrafísico elevado, oriundo de amparadores universalistas, espíritos cônscios de que ninguém é perfeito, principalmente na Terra, educandário de "peças raras". Entretanto, os mais recalcitrantes e teimosos permanecem vinculados ao manicômio terráqueo das dores e sofrimentos humanos – um estabelecimento mais "barra-pesada" que a escola-reformató rio planetária. O livre-arbítrio é um fato e uma opção consciente. Sem humildade não há universalismo. A cabeça pode estar cheia, mas o peito está vazio. A mente pode conhecer, mas só o coração pode saber (sabedoria). Você não tem de se curvar a ninguém, mas terá de se curvar às Leis Naturais, pois o relativo está contido no Absoluto.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

“CONSELHOS DE UM VELHO APAIXONADO”

Lovers 2

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer
seu coração parar de funcionar por alguns segundos,
preste atenção: pode ser a pessoa
mais importante da sua vida.

Se os olhares se cruzarem e, neste momento,
houver o mesmo brilho intenso entre eles,
fique alerta: pode ser a pessoa que você está
esperando desde o dia em que nasceu.

Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo
for apaixonante, e os olhos se encherem
d’água neste momento, perceba:
existe algo mágico entre vocês.

Se o 1º e o último pensamento do seu dia
for essa pessoa, se a vontade de ficar
juntos chegar a apertar o coração, agradeça:
Algo do céu te mandou
um presente divino : O AMOR.

Se um dia tiverem que pedir perdão um
ao outro por algum motivo e, em troca,
receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos
e os gestos valerem mais que mil palavras,
entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.

Se por algum motivo você estiver triste,
se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa
sofrer o seu sofrimento, chorar as suas
lágrimas e enxugá-las com ternura, que
coisa maravilhosa: você poderá contar
com ela em qualquer momento de sua vida.

Se você conseguir, em pensamento, sentir
o cheiro da pessoa como
se ela estivesse ali do seu lado…

Se você achar a pessoa maravilhosamente linda,
mesmo ela estando de pijamas velhos,
chinelos de dedo e cabelos emaranhados…

Se você não consegue trabalhar direito o dia todo,
ansioso pelo encontro que está marcado para a noite…

Se você não consegue imaginar, de maneira
nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado…

Se você tiver a certeza que vai ver a outra
envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção
que vai continuar sendo louco por ela…

Se você preferir fechar os olhos, antes de ver
a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida.

Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes
na vida poucas amam ou encontram um amor verdadeiro.

Às vezes encontram e, por não prestarem atenção
nesses sinais, deixam o amor passar,
sem deixá-lo acontecer verdadeiramente.

É o livre-arbítrio. Por isso, preste atenção nos sinais.
Não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem
cego para a melhor coisa da vida: o AMOR !!!

Carlos Drumod de Andrade

REGRAS PARA UMA VIDA FELIZ

Rir: é a música da alma.

Ler: é a base da sabedoria.

Pensar: é a fonte do poder.

Sonhar: é o meio de ligar a uma estrela
o carro em que viaja na Terra.

Ser amigo: é o caminho da felicidade.

Divertir-se: é o segredo da juventude eterna.

Trabalhar: é o preço do êxito.

Amar e ser amado: é um presente de Deus.

Ser útil aos outros: esta vida é demasiadamente curta para sermos egoístas.

Não deixar que a saudade de ontem nem a preocupação do amanhã perturbem o seu hoje.

(Desconheço o Autor)

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

TEXTO para REFLEXÃO

Durante um seminário para casais, perguntaram a uma das esposas:
- "Seu marido lhe faz feliz? Ele lhe faz feliz de verdade?”.

Neste momento, o marido levantou seu pescoço, demonstrando total segurança. Ele sabia que a sua esposa diria que sim, pois ela jamais havia reclamado de algo durante o casamento. Todavia, sua esposa respondeu a pergunta com um sonoro "NÃO", daqueles bem redondos!

- "Não, o meu marido não me faz feliz"! (Neste momento o marido já procurava a porta de saída mais próxima).

- "Meu marido nunca me fez feliz e não me faz feliz! Eu sou feliz". E continuou:
“O fato de eu ser feliz ou não, não depende dele; e sim de mim”. Eu sou a única pessoa da qual depende a minha felicidade. Eu determino ser feliz em cada situação e em cada momento da minha vida, pois se a minha felicidade dependesse de alguma pessoa, coisa ou circunstância sobre a face da Terra, eu estaria com sérios problemas.

Tudo o que existe nesta vida muda constantemente: o ser humano, as riquezas, o meu corpo, o clima, o meu chefe, os prazeres, os amigos, minha saúde física e mental. E assim eu poderia citar uma lista interminável.
Eu decido ser feliz! Se tiver hoje minha casa vazia ou cheia: sou feliz! Se vou sair acompanhada ou sozinha: sou feliz! Se meu emprego é bem remunerado ou não: eu sou feliz! Sou casada, mas era feliz quando estava solteira. Eu sou feliz por mim mesma.
As demais coisas, pessoas, momentos ou situações eu chamo de "experiências que podem ou não me proporcionar momentos de alegria e tristeza”. Quando alguém que eu amo morre, eu sou uma pessoa feliz num momento inevitável de tristeza. Aprendo com as experiências passageiras e vivo as que são eternas como amar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar, consolar.
Há pessoas que dizem: hoje não posso ser feliz porque estou doente, porque não tenho dinheiro, porque faz muito calor, porque alguém me insultou, porque alguém deixou de me amar, porque eu não soube me dar valor, porque meu marido não é como eu esperava, porque meus filhos não me fazem felizes, porque meus amigos não me fazem felizes, porque meu emprego é medíocre e por aí vai.
Amo a vida que tenho, mas não porque minha vida é mais fácil do que a dos outros. É porque eu decidi ser feliz como indivíduo e me responsabilizo por minha felicidade. Quando eu tiro essa obrigação do meu marido e de qualquer outra pessoa, deixo-os livres do peso de me carregar nos ombros. A vida de todos fica muito mais leve. E é dessa forma que consegui um casamento bem sucedido ao longo de tantos anos.
Nunca deixe nas mãos de ninguém uma responsabilidade tão grande quanto à de assumir e promover sua felicidade!
SEJA FELIZ, mesmo que faça calor, mesmo que esteja doente, mesmo que não tenha dinheiro, mesmo que alguém tenha lhe machucado, mesmo que alguém não lhe ame ou não lhe dê o devido valor.
Peça apenas ao Universo/Deus/Espírito Maior que lhe dê serenidade para aceitar as coisas que você não pode mudar coragem para modificar aquelas que podem ser mudadas e sabedoria para conseguir reconhecer a diferença que existe entre elas.

Terça-feira, 14 de Julho de 2009

"O AMOR" ~ Gibran Kahlil Gibran ~


Então, Almitra disse: “Fala-nos do amor.”E ele ergueu a fronte e olhou para a multidão,e um silêncio caiu sobre todos, e com uma voz forte, disse:

Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos
Como o vento devasta o jardim.Pois, da mesma forma que o amor vos coroa,
Assim ele vos crucifica.E da mesma forma que contribui para vosso crescimento,
Trabalha para vossa queda.E da mesma forma que alcança vossa altura
E acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também desce até vossas raízes E as sacode no seu apego à terra.Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.Ele vos debulha para expor vossa nudez.Ele vos peneira para libertar-vos das palhas.Ele vos mói até a extrema brancura.Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis.Então, ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma
No pão místico do banquete divino.Todas essas coisas, o amor operará em vós
Para que conheçais os segredos de vossos corações
E, com esse conhecimento,Vos convertais no pão místico do banquete divino.Todavia, se no vosso temor,
Procurardes somente a paz do amor e o gozo do amor,
Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez
E abandonásseis a eira do amor,
Para entrar num mundo sem estações,
Onde rireis, mas não todos os vossos risos,
E chorareis, mas não todas as vossas lágrimas.
O amor nada dá senão de si próprioE nada recebe senão de si próprio.O amor não possui, nem se deixa possuir.Porque o amor basta-se a si mesmo.Quando um de vós ama, que não diga:“Deus está no meu coração”,
Mas que diga antes:"Eu estou no coração de Deus”.
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor,
Pois o amor, se vos achar dignos,
Determinará ele próprio o vosso curso.
O amor não tem outro desejo
Senão o de atingir a sua plenitude.
Se, contudo, amardes e precisardes ter desejos,
Sejam estes os vossos desejos:De vos diluirdes no amor e serdes como um riacho
Que canta sua melodia para a noite;De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada;
De ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor
E de sangrardes de boa vontade e com alegria;De acordardes na aurora com o coração alado
E agradecerdes por um novo dia de amor;De descansardes ao meio-dia
E meditardes sobre o êxtase do amor;De voltardes para casa à noite com gratidão;E de adormecerdes com uma prece no coração para o bem-amado,E nos lábios uma canção de bem-aventurança.


"O AMOR" ~ Gibran Kahlil Gibran ~